quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Tim Conway - O Inferno É Necessário

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O que É um Cristão?

por John Piper

O que significa ser um cristão? Charles Hodge, um dos grandes teólogos reformados do século XIX, achou a resposta neste texto: “É ser constrangido por um senso do amor de nosso divino Senhor, de tal modo que Lhe consagramos nossa vida”.

Ser um cristão não significa apenas crer, de coração, que Cristo morreu por nós. Significa “ser constrangido” pelo amor demonstrado nesse ato. A verdade nos pressiona. Ela força e se apropria; impele e controla. A verdade nos cerca, não nos deixando fugir. Ela nos prende em gozo.

Como a verdade faz isso? Paulo disse que o amor de Cristo o constrangia por causa de um julgamento que ele fazia a respeito da morte: “Julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram”. Paulo se tornou cristão não somente por meio da decisão com base no fato de que Cristo morreu pelos pecadores, mas também por meio do sábio discernimento de que a morte de Cristo foi também a morte de todos aqueles em favor dos quais Ele morreu.

Em outras palavras, tornar-se um cristão é chegar a crer não somente que Cristo morreu por seu povo, mas também que todo o seu povo morreu quando Ele morreu. Tornar-se um cristão é, primeiramente, fazer esta pergunta: estou convencido de que Cristo morreu por mim e de que eu morri nEle? Estou pronto a morrer, a fim de viver no poder do amor dEle e para a demonstração da sua glória. Em segundo lugar, tornar-se um cristão significa responder sim, de coração.

O amor de Cristo nos constrange a responder sim. Sentimos tanto amor fluindo da morte de Cristo para nós, que descobrimos nossa morte na morte dEle — nossa morte para todas as lealdades rivais. Somos tão dominados (“constrangidos”) pelo amor de Cristo, que o mundo desaparece, como que diante de olhos mortos. O futuro abre um amplo campo de amor.

Um cristão é uma pessoa que vive sob o constrangimento do amor de Cristo. O cristianismo não é meramente crer num conjunto de doutrinas a respeito do amor de Cristo. É uma experiência de ser constrangido por esse amor — passado, presente, futuro.

Entretanto, esse constrangimento surge de um juízo que fazemos sobre a morte de Cristo: “Quando Ele morreu, eu morri”. É um julgamento profundo. “Assim como o pecado de Adão foi, legal e eficazmente, o pecado de toda a raça, assim também a morte de Cristo foi, legal e eficazmente, a morte de seu povo.” Visto que nossa morte já aconteceu, não temos mais condenação (Rm 8.1-3). Isto é a essência do amor de Cristo por nós. Por meio de sua morte imerecida, Cristo morreu nossa morte bem merecida e abriu o seu futuro como o nosso futuro.

Portanto, o juízo que fazemos sobre a sua morte resulta em sermos constrangidos pelo amor dEle. Veja como Charles Hodge expressou isso: “Um cristão é alguém que reconhece a Jesus como o Cristo, o Filho do Deus vivo, como Deus manifestado em carne, que nos amou e morreu por nossa redenção. É também uma pessoa afetada por um senso do amor deste Deus encarnado, a ponto de ser constrangida a fazer da vontade de Cristo a norma de sua obediência e da glória de Cristo o grande alvo em favor do qual ela vive”.

Como não viver por Aquele que morreu nossa morte, para que vivamos por sua vida? Ser um cristão é ser constrangido pelo amor de Cristo.

O Porco - Paul Washer

quarta-feira, 14 de julho de 2010

O que é Humildade?

por John Piper

Em 1908, o escritor inglês G. K. Chesterton descreveu o embrião da cultura que hoje chamamos de pós-modernismo. Este já é um termo desgastado. Algum dia, os leitores o pesquisarão em um livro de História. Uma das características de seu “relativismo vulgar” (conforme o chama Michael Novak) é o erro grave de tomar a palavra arrogância para referir-se à convicção e humildade para referir-se à dúvida. Chesterton viu a chegada do pós-modernismo:

O que sofremos hoje é de humildade no lugar errado. A modéstia se afastou do setor da ambição e se estabeleceu na área das convicções, o que nunca deveria ter acontecido. Um homem devia mostrar-se duvidoso a respeito de si mesmo, mas não a respeito da verdade; isto foi invertido completamente. Hoje, aquilo no qual o homem confia é exatamente aquilo em que ele não deveria confiar — nele mesmo. Aquilo que ele duvida é exatamente o que ele não deveria duvidar — a razão divina... O cético moderno propõe ser tão humilde que duvida se pode aprender... Existe uma humildade característica de nossa época; acontece, porém, que ela é uma humildade mais venenosa do que as mais severas prostrações dos ascéticos... A velha humildade fazia que o homem duvidasse de seus esforços, e isto, por sua vez, o levaria a trabalhar com mais empenho. Mas a nova humildade torna o homem duvidoso a respeito de seus alvos; e isto o faz parar de trabalhar completamente... Estamos a caminho de produzir uma raça de homens tão mentalmente modestos que serão incapazes de acreditar na tabuada de multiplicação.

Vemos isso, por exemplo, no ressentimento para com os crentes que expressam a convicção de que os judeus (como as outras pessoas) precisam crer em Jesus, para serem salvos. A reação mais comum a esta convicção é que os crentes são arrogantes. A humildade contemporânea está firmemente arraigada no relativismo que evita conhecer a verdade e especificar o erro. Mas isto não é o que a humildade costumava significar.

Se a humildade não é aquiescência às exigências populares do relativismo, então, o que é humildade? Isto é importante, pois a Bíblia diz: “Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça” (1 Pe 5.5); e: “Pois todo o que se exalta será humilhado; e o que se humilha será exaltado” (Lc 14.11). A humildade, portanto, é sobremodo importante. Deus nos diz pelo menos cinco coisas a respeito da humildade:

1. A humildade começa com um senso de submissão a Deus, em Cristo. “O discípulo não está acima do seu mestre, nem o servo, acima do seu senhor” (Mt 10.24). “Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus” (1 Pe 5.6).

2. A humildade não sente que tem o direito de receber melhor tratamento do que o tratamento dado a Jesus. “Se chamaram Belzebu ao dono da casa, quanto mais aos seus domésticos?” (Mt 10.25.) Por conseguinte, a humildade não paga o mal com o mal. Não é uma vida baseada nos direitos percebidos. “Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos... quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente” (1 Pe 2.21-23).

3. A humildade afirma a verdade não para apoiar o “eu” com o domínio e triunfos dos debates, mas como um serviço prestado a Cristo e expressão de amor para com o adversário. O amor “regozija-se com a verdade” (1 Co 13.6). “O que vos digo às escuras... Não temais” (Mt 10.27,28). “Não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus como Senhor e a nós mesmos como vossos servos, por amor de Jesus” (2 Co 4.5).

4. A humildade sabe que depende da graça de Deus para conhecer e crer. “Que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te vanglorias, como se o não tiveras recebido?” (1 Co 4.7.) “Acolhei, com mansidão, a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar a vossa alma” (Tg 1.21).

5. A humildade sabe que é falível; por isso, reflete sobre o criticismo e aprende dele. Mas também sabe que Deus fez provisão para a convicção humana e nos convoca a persuadir os outros.

Agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face. Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido (1 Co 13.12).

O sábio dá ouvidos aos conselhos (Pv 12.15).

Conhecendo o temor do Senhor, persuadimos os homens (2 Co 5.11).

John Piper - O que é Pregação? Pregação Expositiva.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Me inspira a Te adorar - Ministério Ipiranga e Ministério Renovada de Lo...




Um irmão (Evang. Bira) me indicou esse grupo. O pouco que pude ver de suas músicas me agradou. Ouça esta música e aproveite para comentar.
Fique na paz.

Pregação Chocante (Paul Washer)



Esta mensagem tirou muitos jovens do "lugar confortável" que muitas vezes gostamos de nos acomodar.

Aos Pregadores da Prosperidade: Preservem o Sal e a Luz

Por John Piper

O que há nos cristãos que faz deles o sal da terra e a luz do mundo? Não são as riquezas. O desejo por riquezas e a busca de riquezas têm sabor e aparência do mundo. Desejar ser rico nos torna como o mundo, não diferentes. Justo no ponto onde deveríamos ter um sabor diferente, temos a mesma cobiça maliciosa que o mundo tem. Neste caso, não oferecemos ao mundo nada diferente do que ele já crê.

A grande tragédia da pregação da prosperidade é que uma pessoa não tem que ser acordada espiritualmente para abraçá-la; ela precisa apenas ser gananciosa. Ficar rico em nome de Jesus não é o sal da terra ou a luz do mundo. Nisto, o mundo simplesmente vê um reflexo de si mesmo. E se eles são “convertidos” a isso, eles não foram realmente convertidos, mas apenas colocaram um novo nome numa vida velha.

O contexto na fala de Jesus nos mostra o que o sal e a luz são. São a alegre boa vontade de sofrer por Cristo. Eis o que Jesus disse:

“Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós. Vós sois o sal da terra... Vós sois a luz do mundo.” (Mateus 5:11-14)

O que fará o mundo saborear o sal e ver a luz de Cristo em nós, não é que amemos as riquezas da mesma forma que eles amam. Pelo contrário, será a boa vontade e a habilidade dos cristãos de amar aos outros em durante o sofrimento, a todo tempo exultando porque seu galardão está nos céus com Jesus. “Regozijai-vos e exultai [nas dificuldades]... Vós sois o sal da terra.” Salgado é o sabor da alegria nas dificuldades. Esta é a vida inusitada que o mundo pode saborear como diferente.

Tal vida é inexplicável em termos humanos. É sobrenatural. Mas atrair pessoas com promessas de prosperidade é simplesmente natural. Não é a mensagem de Jesus. Não é aquilo que ele alcançou com sua morte.